terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PAU DO DESESPERO (A PALAVRA DA POETA)


A palavra da poeta é lança cortando o pau do desespero
É lucidez nos perigos desconhecidos
Feto guardado tergiversando o cordão umbilical semi-rompido,
Nu-instantâneo-antigo.

É chicote, 
Serrote que rasga,
Nesga de ferida derrotada da labuta diária.

À poeta, a palavra ilustrada.
À palavra, a espera poeta-periclitante.

Cessa-se o científico, o jurídico, o legislário.

Teto corolário de escrita.

A poeta não pensa, a poeta não age.
Re-age na ação instaurada.
Re-faz na poesia a desordem natural das coisas-caos.
A poeta quebra – com um vergar de mãos – a chibata desesperante




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