é preciso que depois de um toque
a gente saiba que não virá em ventura
não concretude
nem mesmo oco
naquela pedra posta centro do ralo
na busca tapante do não podendo mostrar
e não virá nem nas palavras-suporte
na busca onomatopaica
naquilo tudo que um dia
a gente tentou entender no quadro-lousa-preta
o que riscava giz de professora de exatas
[já que]
depois de um toque
é preciso
- e talvez a gente sabia só que andaram dizendo que a não ser em provas científicas tudo o que afirmamos saberes é não
(não experiências, sim epistemes
-
mas não são nossas epistemes decorrência experiência?);
não que o que chega vem vento
(não experiências, sim epistemes
-
mas não são nossas epistemes decorrência experiência?);
não que o que chega vem vento
vira corisco-faísca
num rabo de zoio
que só
espiando fino em canto de orelha
comunica com o centro da espalda
- que é onde atenta me chegam em toques quando deslizam no eu, já percebeu?
digere cada brisa transmitida por um olhar tergiversado
chegado em farpa
- mas não cortante ventre-meu,
antes afia para aparar o que sobra -
e tem sobrado
tanto
tanto
e tem
tanto
-
que nesta episteme
tão tua
e criada
não anda cabendo não
e tem sobrado
tanto
tanto
e tem
tanto
-
que nesta episteme
tão tua
e criada
não anda cabendo não
Nenhum comentário:
Postar um comentário