O que importa é a consistência do meu peso,
meu braço pendente forçando sua nuca.
O que eu digo subimporta.
Meus lábios sem fala,
quietude-abismo da mudez vingativa do que - tenso - não solto.
O que eu digo desimporta
- é meu eu dos dizeres, frases de amantes narrativas -
espécie de pouso mudo nos toques que não encontro.
- é meu eu dos dizeres, frases de amantes narrativas -
espécie de pouso mudo nos toques que não encontro.
Das coisas ditas de importância restaram-me somente três:
silêncio,
calância
e
zumbido
calância
e
zumbido
Do silêncio aprendi com as maritacas:
para saber quando irritam, é preciso compará-las ao não-som, à ausência do volume notado.
Da calância articulei com os belicosos:
cada gesto de meu corpo representa a prontidão precisa do alerta a qualquer instante.
Do zumbido desaguei com os canos:
a água borbulha-pressão na espera; os dedos que abrem torneira esporro.
Repara bem no ambidestro silêncio.
Pois o que já digo é matéria de banalidades cotidianas.
cada gesto de meu corpo representa a prontidão precisa do alerta a qualquer instante.
Do zumbido desaguei com os canos:
a água borbulha-pressão na espera; os dedos que abrem torneira esporro.
Repara bem no ambidestro silêncio.
Pois o que já digo é matéria de banalidades cotidianas.
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