A palavra da poeta é lança cortando o pau do desespero
É lucidez nos perigos desconhecidos
Feto guardado tergiversando o cordão umbilical semi-rompido,
Nu-instantâneo-antigo.
É chicote,
Serrote que rasga,
Nesga de ferida derrotada da labuta diária.
À poeta, a palavra ilustrada.
À palavra, a espera poeta-periclitante.
Cessa-se o científico, o jurídico, o legislário.
Teto corolário de escrita.
A poeta não pensa, a poeta não age.
Re-age na ação instaurada.
Re-faz na poesia a desordem natural das coisas-caos.
A poeta quebra – com um vergar de mãos – a chibata desesperante
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