foto: Lais Borgom |
deixar que mãos soltas vidas
é a mesma propulsão
d'instinto poético
de um quebranto cura
quando me pego em dolores
deixar que mãos soltas vivas
é semelhante troca simbiótica
de elemento tato
nas texturas
d'outras peles
que habitam seres tocáveis/tocantes
deixar que mãos soltas vindas
é arremate tecer
nas (entre)linhas
que se em nós criam laços
apertam costuras
estreitand'os encontros
deixar que mãos soltas vistas
é mirada renovo
qu'enxerga além de
meus olhos insones
de tanto já visto
- quando meus olhos
não quereres
d'olhar
d'o de sempre,
fica mesmo
o qu'é
toque
enxergando
em falanges
os sentires
de
todo -
porque
há mais visão
em cada traço de minhas palmas
do qu'em minha vista turva
cansada do que avista nos dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário