quarta-feira, 26 de novembro de 2014

QUE BATE, QUE É SEIO



Bate-rebate,
bate-retoque,
bate batuque
bate tambor.

Bate dedilha,
compridos,
profundos.
Repara na pele,
no toque que é dela.

A moça disfarça,
contraste distrai,
visão dialética
aprendeu foi em práxis.

Me toca no peito,
batendo pulsante,
é toque que toca,
no corpo
um rompante.

O peito da moça
é força escondida.
Seio meu arredondilha,
Seio meu pontiagudeza.
Que jeito bicudo do toque de quem?

É toque corisco,
batida,
maleita.
Num bat-macumba,
menina
me deixa.

Me deixa que a vida
é o toque de muitas.
Meu corpo aceitando
o que topa nos baques.

O que fica é o fino
de existir enredando,
batida que estanca
o tempo-que-resta.

Te encontro em meus seios,
na estaca miúda.
Da batida espalmada
nos putos das gentes.


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