Um documentário apresenta o congresso do partido nazista em Nuremberg, uma mulher arruma a mala para sair de casa e se vê em desespero quando o marido chega, dois amigos de infância se reencontram na prisão da Ilha Grande na década de 70, uma adolescente hermafrodita descobre a sexualidade numa cidade do interior, um jovem consumidor de maconha é internado em um hospital psiquiátrico, o medo de um estupro faz com que uma mulher mantenha um segredo peculiar.
O que estes filmes têm em comum?
A pensar nos temas abordados, poderiamos dizer 'nada', porém, o que os reúne na mesma programação é o fato de ambos serem dirigidos por cineastas mulheres, ao longo da história do cinema.
E quais são as particularidades de um olhar feminino no fazer cinematográfico? Quais as opções de direção diferenciam-na de uma tradição de homens realizadores?
É buscando debater estas questões que temos a grande satisfação de iniciar o Pipoca com batom, apresentando ao longo deste ano de 2012 uma série de filmes dirigidos por mulheres, traçando um panorama da diversidade mundial com cineastas brasileiras, peruana, argentina, alemã e neo-zelandesa; além de flutuar durante os períodos históricos, indo desde a década de 30 até o recente ano de 2009, passando pela década de 80 e 90.
"Você sempre tem respostas; é engraçado, eu sempre tenho perguntas"
Cléo diz a um rapaz que recém conhecera (Cléo das 5 às 7, de Agnès Varda, de 1962)
Bárbara Esmenia
Co-organizadora do Pipoca com Batom
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